O custo do Reino

Enquanto Clara compreendia o valor do verdadeiro tesouro, surgiu uma nova inquietação: o custo de viver plenamente o Reino de Deus. Em uma caminhada com Elias até o alto de uma colina, ele explicou que o Reino não se conquista com bens, mas com entrega total do coração. "Não é o que possuímos que importa, mas o quanto estamos dispostos a deixar de lado por algo maior", disse ele.
Clara questionava se seria capaz de abrir mão de suas seguranças e confortos. Elias a lembrou de que Jesus falou do camelo e do buraco da agulha, não para desencorajar, mas para mostrar que a jornada exige desprendimento e fé. O maior obstáculo está dentro de nós: o apego às vontades, ao ego e à falsa ideia de controle.
Elias explicou que o Reino não se conquista com esforço humano, mas se recebe com humildade e dependência de Deus. "Para os homens é impossível, mas para Deus tudo é possível", disse ele. Clara entendeu que viver o Reino é uma entrega diária, moldada pelo amor, pelo serviço e pela confiança constante na graça divina.
Ao descerem a colina, Clara sentia paz. O custo era alto, mas o valor era eterno. "Quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará" (Mateus 16:25). E assim, ela escolheu viver para o Reino — não por medo, mas por amor.
✔ Trechos do livro "No buraco da agulha".
Geraldo ESTEVÃO
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