O desapego do mundo

Clara percebia que sua caminhada cristã exigia mais do que generosidade: era preciso desapegar-se dos valores mundanos. As palavras de Jesus sobre tesouros no céu a fizeram repensar suas prioridades. Status, conforto e aprovação social já não preenchiam seu coração. Queria viver com os olhos voltados ao Reino de Deus.
Com orientação de Elias, Clara entendeu que o desapego não significava abandonar responsabilidades, mas não deixar que o mundo governasse seu coração. Em uma praça, ao observar pessoas orgulhosas de suas riquezas, ela sentiu o vazio oculto por trás do brilho. Lembrou-se: "Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder a sua alma?" (Marcos 8:36).
Ao recusar um convite social para estar com os necessitados, Clara experimentou uma paz profunda. Ela passou a usar seus recursos com propósito e amor, percebendo que o desapego abre espaço para uma vida centrada em Deus. Não era fácil, mas a liberdade espiritual compensava qualquer renúncia.
Em oração, Clara pedia força para manter os olhos no eterno. Sua fé se renovava ao compreender que o desapego não é perda, mas ganho: é preparar o coração para a plenitude do Reino. E assim, dia após dia, ela seguia, livre do mundo e cheia de Deus.
✔ Trecho do livro "No buraco da agulha".
Geraldo ESTEVÃO
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