Riqueza: bênção ou armadilha?

A riqueza pode ser bênção ou armadilha, dependendo de como é usada. No Evangelho, ela aparece como um teste de fé. O jovem rico, mesmo buscando o Reino de Deus, se entristeceu ao ser desafiado por Jesus a abrir mão de seus bens. O problema não eram as posses em si, mas o apego a elas — o que revelava onde estava seu coração.

Assim como ele, todos temos algo a que nos apegamos — dinheiro, status, segurança. A riqueza, em si, não é má; pode ser instrumento de bênção, como foi para Abraão e Jó. Mas torna-se um ídolo quando ocupa o lugar de Deus, quando passa de meio a fim em nossas vidas.

Vivemos numa sociedade que glorifica o consumo. Quanto mais acumulamos, mais nos sentimos vazios. Jesus propõe outra lógica: que compartilhemos o que temos, e encontremos verdadeiro tesouro no céu. A liberdade está no desapego, na gratidão e na generosidade.

A história do jovem rico é um convite à reflexão. O que temos segurado que nos impede de seguir Jesus plenamente? A riqueza não precisa ser um obstáculo — pode ser uma ponte, se usada com sabedoria. "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" (Mateus 6:21).

Geraldo ESTEVÃO

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