Um pacto firmado na cruz
No Livro de Gênesis, no capítulo 15, a partir de o versículo 1, vemos um interessante diálogo entre Deus e seu servo, e mui especial amigo, Abraão. Temos neste quadro um Abraão contristado, pois, segundo sua visão antropomórfica, a morosidade do cumprimento das promessas do Senhor em sua vida.
Dez anos haviam se passado desde a sua saída de Ur, e agora, ali estava ele em oração, falando e ouvindo a voz do seu Deus. Até ali Abraão havia sempre recebido as promessas de Deus, mas agora ele queria algo palpável, queria sentir materialmente a presença, queria um pacto com Deus.
Como era o pacto naquela época? Sacrificava-se certos animais, dividia-os. Colocavam-se as partes uma defronte da outra, deixando-se um caminho entre as duas. Cada banda do animal representava uma das partes da aliança - Gn. 15:9-10. E, em seguida, as duas pessoas passavam por entre as partes.
No entanto, "Quando o sol já estava posto, e era escuro, eis um fogo fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre aquelas metades. Observe que o pacto foi realizado de forma unilateral, apenas o Senhor passou por entre as partes do animal.
Abraão ainda não tinha o seu mais precioso bem. Só mais tarde, após o nascimento de seu filho Isaque, Deus iria requerer que ele passasse por entre as bandas dos animais. O pacto é completado no quase sacrifício de seu filho Isaque, Quando Deus, por misericórdia, lhe envia o anjo e o carneiro.
Assim como Deus passou por entre as bandas dos animais no pacto estabelecido com Abraão, e este só viria a cumprir a sua parte algum tempo depois, o sacrifício de Jesus no Gólgota estabeleceu a parte divina na aliança feita em prol da salvação da humanidade.
Pela fé, Abraão alcançou a misericórdia de Deus; Pela fé em Jesus, o Cristo, temos salvação.
Geraldo ESTEVÃO
Terça-feira, 23 de maio, 2023 | 03 Sivan, 5783